Podemos definir o hipertexto como um sistema interactivo que permite construir e gerar laços semânticos entre objectos reconhecíveis num conjunto de documentos polissémicos. De maneira mais precisa, fala-se de hipertexto quando os objectos polissémicos são elementos de texto e de hipermedia quando se trata de objectos no sentido mais geral, por exemplo imagens animadas a duas ou três dimensões, sequências de imagens, sequências sonoras e, evidentemente, textos. A prática hipertextual interrompe esta irreversibilidade mediante um procedimento tecnológico em forma de nós hipertextuais que possibilitam trajectórias “multilineares” de significado. O hipertexto é antes de mais uma forma visual. A dimensão geométrica do hipertexto permite ao “wreader” assumir o controlo do processo da leitura e da escrita. O carácter não linear do hipertexto, para além de quebrar a lógica da narrativa e da argumentação, faz estalar a relação entre leitor e escritor. O consumidor de hipertextos obtém poder mediante as contingências da escolha possibilitadas por essa relação não linear entre múltiplos blocos de texto ou lexias. “O leitor poderia converter-se em adversário do escritor procurando levar o texto numa direcção que o autor não tinha previsto...O computador manifesta a luta entre autor e leitor que, com as anteriores tecnologias, se encontrava escondido “por trás” da página”. O hipertexto é um sistema de representação de informação, que fornece a uma semântica não linear múltiplos caminhos, e agora múltiplas experiências da informação. Assim, para implementar o hipertexto, é crucial dispor de um layout navegacional. Relacionado com este está o grau de controle que o autor dá ao leitor sobre a informação, e a integração da informação na Rede como um todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário